Sorriso: empresário que teria encomendado morte de amigo é colocado em liberdade

Depois de ficar preso por 96 dias em Concórdia (SC), por suspeita de ser o mandante de uma tentativa de homicídio motivada pela posse de uma chácara situada nas proximidades do bairro Santa Maria, Adair César Martini, também conhecido como “Professor”, foi posto em liberdade através de um Habeas Corpus impetrado pela defesa junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.

Segundo o advogado Mathis Haley Puerari Pedra, que faz a defesa do suspeito, o TJMT decidiu, por unanimidade, que a prisão Adair era ilegal.

Adair foi preso temporariamente no dia 11 de janeiro deste ano em Ita (SC). Posteriormente a prisão foi convertida em preventiva que poderia deixa-lo atrás das grades durante o curso do processo. Porém, a decisão do TJMT possibilitou que Adair aguarde o decorrer do processo em liberdade. “A prisão de Adair foi fruto de um equívoco que se iniciou na delegacia, através da malsã representação policial. Equívoco que foi seguido pelo Ministério público e que infelizmente, foi levado a efeito por uma decisão da 1ª vara criminal da comarca de Sorriso que decretou a prisão preventiva. A defesa, através do habeas corpus logrou êxito em demonstrar a ilegalidade dessa prisão. Mesmo porque Adair desde, que recebeu a notícia de que estava sendo investigado, se propôs a comparecer a todos os atos e atender ao chamamento da autoridade policial”, explicou o advogado.

Entenda o caso

Na época, além de Adair, foi detido Marcos de Paula. Ambos, segundo a Polícia Civil, são responsáveis por uma tentativa de homicídio motivada pela posse de uma chácara situada nas proximidades do bairro Santa Maria.

O dono da chácara, conhecido como Padre, seria assassinado no dia 2 de agosto do ano passado, por volta das 20h30min. Porém, segundo os investigadores da delegacia de Polícia Civil de Sorriso, outro homem estava no carro de Padre. Os disparos atingiram apenas o veículo e a vítima saiu ilesa.

Conforme José Carlos de Souza investigador da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), Marcos de Paula – que já tem passagem pela polícia – teria sido contratado por Adair César Martini para matar o proprietário da chácara, que detinha uma procuração da propriedade. Caso a vítima fosse morta, Adair passaria a ter posse da terra.

No entanto, Marcos de Paula contratou dois homens para ir ao local matar o Padre, dono da chácara. “Os atiradores tinham conhecimento do carro da vítima, que sempre saía em companhia da sua filha menor, mas no dia do homicídio quem saiu com o veículo foi Gilberto Gehm. Na porteira houve a tentativa de homicídio, achando que o motorista seria o Padre”, explicou.

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Texto: Larissa Gribler / Portal Sorriso