PF investiga doleiros que auxiliavam megatraficante preso em Sorriso

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (15) a Operação Efeito Dominó, com o objetivo de reunir informações sobre lavagem de dinheiro, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa e associação para o tráfico internacional de entorpecentes.

A ação é um desdobramento da Operação Spectrum, que prendeu em julho de 2017 o megatraficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, em Sorriso (420 km de Cuiabá).  Um dos presos é considerado braço-direito do traficante. 

Segundo a PF, o traficante era um dos principais “clientes” dos doleiros  investigados na ação de hoje.

O grupo, segundo a PF, era um dos principais fornecedores de cocaína para facções criminosas paulistas e cariocas. A organização atuava com estrutura empresarial com áreas de produção em regiões de difícil acesso em países como Bolívia, Peru e Colômbia.

Na operação deflagrada nesta manhã, foi identificada uma complexa e organizada estrutura destinada à lavagem de recursos provenientes do tráfico. 

“As investigações demonstram robustos indícios acerca do modus operandi da organização criminosa, consistente na convergência de interesses das atividades ilícitas dos ‘clientes dos doleiros’ investigados, pois de um lado havia a necessidade de disponibilidade de grande volume de reais em espécie para o pagamento de propinas e de outro, traficantes internacionais como Luiz Carlos da Rocha possuíam disponibilidade de recursos em moeda nacional e necessitavam de dólares para efetuar as transações internacionais com fornecedores de cocaína”, informou a Polícia Federal.

 

Operação Efeito Domino

Foram cumpridos pela Polícia Federal 18 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo.

Dentro das estruturas investigadas, a PF ainda diz que foi verificada a atuação concreta e direta de dois doleiros já conhecidos de operações anteriores da Polícia Federal – Farol da Colina (caso Banestado) e Lava Jato.

Ambos foram alvos de tais investigações pelas práticas dos mesmos crimes investigados.

Os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

Texto: Midia News