H1N1 responde por mais de 54% dos casos de influenza em MT

Dados da Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT) mostram que 339 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) já foram notificados neste ano, em Mato Grosso. Do total, 167 (49,3%) das amostras foram processadas, mas destes, somente 46 (28,1%) foram classificados como SRAG por influenza, até o momento. Neste último caso, o vírus A H1N1 foi responsável por 25 dos casos, o que corresponde a 54,3% dos pacientes. No Estado foram notificados 48 óbitos, sendo que nove foram confirmados para a gripe influenza.

Entre as demais (46) confirmações, o H3N2 foi responsável por 9 casos (19,6%), o vírus influenza B por 7 (15,2%) e o tipo influenza A não subtipado por cinco (10,9%). Os números, sujeitos à alteração, têm como última data de atualização 26 de junho passado. Segundo a Ses/MT, dentre as 167 amostras, um total de 120 (71,9%) foram classificadas para outros vírus respiratórios e 50,1% (170/339) ainda estão sob investigação.

O órgão estadual aponta ainda que, no Estado, a sazonalidade começou com a circulação do vírus Influenza A H3N2 em seguida verificou-se o aumento do vírus da Influenza A H1N1, ou seja, o mesmo da pandemia de 2009.

Os principais municípios com registros da doença são Cuiabá, com um total de 13 notificações e duas mortes, Várzea Grande com 7 casos e três óbitos, Nova Mutum com seis casos e dois óbitos, Tangará da Serrá com três casos e uma morte, e Sorriso com duas notificações e um óbito, entre outros.

No país, conforme o último boletim do Ministério da Saúde, até 06 de julho, foram registrados 4.226 casos de influenza em todo o país, com 745 óbitos. Do total, 2.538 casos e 495 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 889 casos e 127 óbitos. Além disso, foram 317 registros de influenza B, com 44 óbitos e os outros 482 de influenza A não subtipado, com 79 óbitos.

Mas, apesar da gravidade da doença e da vacina contra a gripe ainda estar sendo ofertada em determinadas cidades do país, mais de seis milhões de pessoas do público prioritário deixaram de se proteger contra a doença este ano. Segundo o MS, a cobertura vacinal, após três semanas do fim da campanha, chegou a quase 89% no país. O índice, no entanto, ainda está abaixo da meta recomendada pelo Ministério da Saúde, que é de 90%, percentual superado por Mato Grosso. No Estado, de um total de 850 mil doses distribuídas, 767.302 (93,7%) foram aplicadas, conforme informações do órgão federal.

A região sudeste é a que tem menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento, com 84%. Em seguida estão as regiões norte (85%), sul (90,3%), nordeste (94%) e Centro-Oeste com a melhor cobertura, de 99,1%. Além de Mato Grosso, entre os estados que atingiram a meta estão Goiás (106,6%), Ceará (104%), Amapá (100%), Distrito Federal (97,3%) e o Espírito Santo (96,5%). Os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 66,7% e Rio de Janeiro, com 75,6%.

Ainda, conforme o MS, gestantes e crianças continuam sendo os que menos procuram as salas de vacinação, com cobertura de 76,4% e 73,6%, respectivamente. Até o início da semana, 3,3 milhões de crianças e 493.710 grávidas não tinham se vacinado contra a gripe.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico, divulgado nesta semana, 50,4 milhões de pessoas que fazem parte da população-alvo da campanha se vacinaram contra a gripe. Desse total, 20,2 milhões foram idosos; 4,4 milhões trabalhadores da saúde; 2,2 milhões professores; 358,9 mil puérperas e 643,3 mil indígenas. Todos esses públicos, atingiram a meta de vacinação.

Desde o último dia 25 de junho, os municípios que ainda tiverem vacinas contra a gripe disponíveis, puderam estender a vacinação também para crianças de cinco a nove anos e adultos de 50 a 59 anos. Nestes dois grupos, já foram aplicadas 997.182 doses, sendo 411.474 em crianças de cinco a nove anos e 585.708 nos com idades entre 50 e 59 anos.

Texto: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá