Cereal consolida segunda maior produção de Mato Grosso

Área, produtividade e produção do milho safrinha em Mato Grosso estão se consolidando acima das projeções iniciais. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revisou para cima as projeções ao cereal em sua quinta estimativa. A produção deverá atingir 27,39 milhões de toneladas, volume que mesmo crescendo ante as estimativas anteriores, segue 10,05% inferior ao recorde visto na safra passada. 

Como explicam os analistas do Imea, a expansão da cultura foi motivada pela valorização dos preços do milho e das melhores perspectivas climáticas ao desenvolvimento das lavouras ainda no período que antecedia a semeadura. A área foi revisada em 1,11% nesta nova estimativa, ficando agora prevista em 4,62 milhões de hectares. No entanto, em consequência do custo alto de produção e da preferência pelo cultivo do algodão de segunda safra, a área continua inferior em relação à safra passada, em -2,56%. 

No que tange a produtividade, mesmo com a redução pluviométrica durante o mês de maio em grande parte do Estado, os bons volumes de chuva durante os meses anteriores não trouxeram grandes prejuízos nos rendimentos a campo na maioria das regiões produtoras e com isso a produtividade passa a ser estimada em 98,86 sc/ha na média do Estado. 

Assim, com a revisão positiva tanto da área, quanto da produtividade, a produção do cereal mato-grossense apresentou um incremento de 3,83%, ficando agora prevista em 27,39 milhões de toneladas. “No entanto, mesmo com a recuperação, o volume da produção ainda está 10,05% inferior em relação ao recorde visto na safra 2016/17 de 30,45 milhões t, e o volume desse ciclo vai se cosolidando como o segundo maior da história estadual”. 

RENDIMENTO – A quinta estimativa para a produtividade do milho na safra 2017/18 trouxe incremento de 2,70% em relação à divulgação anterior, ficando prevista em 98,86 sc/ha. Mesmo com a redução pluviométrica durante o mês de maio no Estado, os bons volumes de chuva nos meses anteriores não permitiram prejuízos significativos nos rendimentos em grande parte das regiões. 

A região oeste exibe a melhor perspectiva, com 107,25 sc/ha, enquanto que, na médio norte, maior produtora de grãos, está prevista em 102,24 sc/ha. Já o norte, é a única região que já apresenta incremento da produtividade frente a safra 2016/17. Por outro lado, em decorrência dos atrasos no período da semeadura, as regiões nordeste e sudeste continuam exibindo o maior recuo em relação à safra passada. Diante disso, o próximo passo é aguardar a finalização da colheita, a fim de mensurar a produtividade das últimas áreas colhidas para a sua consolidação. 

 

Texto: Marianna Peres/Diário de Cuiabá